sexta-feira, 14 de agosto de 2009

prologo de viagem - estrada

Olá galeguinhos, amigos companheiros de mesa de bar. Hoje estou atualizando o blog de uma maneira inusitada. No apertado banco de trás do carro de Rafael de Souza, vulgo Fiusk. Junto com ele, estamos eu, dono desse humilde blog e Enila Flávia. Nosso destino é um cantinho de terra e mar, vulgarmente conhecido como CABO FRIO. Nossa viagem foi decidida assim, meio derrepente. E só para constar, eu não estarei segurando vela. Meu nhoinzin estará comigo, bem como nosso primeiro filho. O peludinho e gracioso Euzébio. Teremos três dias a contar de hoje para aproveitar toda a alegria e intensidade de estarmos juntos, nessa que promete ser uma maravilhosa viagem.

Diário de bordo. Data estelar 14-08-09. Estamos em Rio Bonito, ouvindo Oasis. Eu sei, não sou fã, mas é uma banda estradeira e dá um bom clima para essa viagem. A estrada está vazia, graças a Deus. Ao meu lado, no apertado banco de trás, está a minha mala, em meio ao casaco rosa de Enila, sujo com os pelos de minha cadela Chiquinha. Tudo parece novo, cada vez que pegamos para viajar, mesmo que seja para um lugar dito comum. Exceção, se faz a minheirinha bahiana. Tudo é novidade e interessante. Até o verde que cerca a ViaLagos, administrada pelo bom assessor Rodrigo Meira.

Eu sigo a esperar. Mais um bom final de semana, com bons amigos, muito amor, em um lugar especial. De ruim? Os problemas e as ausências que ficarão para sempre. Mas esse fim de semana tem propósitos específicos para cada um. Para mim, acredito que três dias longe do caos de uma cidade grande, populosa e com a intensidade de problemas que nos assola, vai fazer muito bem. Para Enila, tudo é ‘mara’. Ela está com o Fiusk, e realmente transborda amor por isso. Além de ter encarado 24h de estrada só para estar com ele/viajar conosco. E sim, eu incluo vocês nisso tudo. Rafael vê essa viagem como uma maneira de ser feliz. Uma volta para o mundo. Talvez para acreditar que existe o amor, e que pode ser válido, para reforçar os laços de amizade. E verdade seja dita, ele estava visivelmente ansioso. Para reforçar uma idéia incerta, creio que para a Laís, CF, como chamamos, seja uma maneira de carregar as baterias. E depois encarar uma guerra, por vários motivos, mas acima de tudo, por um objetivo de futuro concreto, no plural.

Nota de esclarecimento. O pedágio da ViaLagos está muito caro. Eu estou sem dinheiro. Enila está ainda muito feliz e Rafael é um bobo apaixonado. Laís está provavelmente no caminho, dentro daquele ônibus que faz a linha Macaé-CF, dormindo e sonhando com um bom feriado, criado por nós.

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Um comentário:

Anônimo disse...

A verdade não contada sobre a pedagiada ViaLagos:

Eis as palavras do Sr. Márcio Roberto de Morais Silva, Diretor-presidente da ViaLagos:
"Sabemos que ainda há muito a ser feito. Nossa missão é viabilizar soluções e investimentos em infra-estrutura rodoviária de qualidade e, na Rodovia dos Lagos – pode ter certeza – nós cuidamos de você!"
Senhor Márcio Roberto, o senhor acha mesmo que através da gananciosa CCR, que administra a macabra ViaLagos, a gente pode realmente ter certeza que voces preservam a nossa segurança?
Ou melhor, voces cuidam realmente da segurança de nossos filhos que ali são obrigados a trafegar?
Veja então os pormenores sobre os dois rapazes que morreram carbonizados na sua ViaLagos:
http://carlinhosbuzios.wordpress.com/2009/07/03/pai-reconhece-carro-do-filho-em-noticiario-da-tv/
Ora, senhor Márcio, deixe o cinismo de lado e pare de pronunciar balelas e asneiras, uma vez que voces sabem que o principal investimento em infra-estrutura de qualidade rodoviária na ViaLagos, seria a necessária construção da mureta central quando a estrada foi privatizada...pois voces sabem tão bem quanto nós, que esta mureta é uma obra tecnicamente exigida, seja qual for o número de veículos que circulam na estrada diariamente e que se ela tivesse sido construída, hoje os pais daqueles dois rapazes, não estariam vivenciando o que nem eu, o senhor e os donos da CCR, não gostaríamos de passar: a dor da perda de seus filhos...
Em verdade, a CCR, se aproveitou das falhas no modelo de concessão, para que não viesse a construir a vital mureta central na rodovia quando ela foi privatizada...mas parte da culpa está sobre os ombros do governo da época em que deveria ter repassado à iniciativa privada uma rodovia pronta, e não com investimentos a fazer...aí a CCR "deitou e rolou" e quem paga o preço com a própria vida, são os seus usuários...

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