segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Despedidas

Olá galeguinhos. O parado de hoje não tem uma nota engraçada, mas deverá seguir com o mesmo conteúdo reflexivo que eu procuro colocar no conteúdo. Este texto é especial. É uma nota de pesar a duas pessoas próximas e que ao mesmo tempo foram distantes em minha vida de 23 anos e alguns meses. Ao meu tio Fábio Silva, herói, lutador e motorista que faleceu na semana passada após lutar durante dois meses pela sua vida e ao meu avô Francisco Saboia, guerreiro boêmio que me fez indiretamente tomar gosto pela leitura que encontrou seu merecido descanso após espera agonizante

Antes de críticas aleatórias, sou o tipo de pessoa que não tem muito apreço para com a família, a minha especialmente. Não tenho o hábito de guardar rancor, mas na minha memória, muitos exemplos do que não concordo como conduta, partiram do ‘lar’, portanto meu isolamento vai de encontro a isso. O pesar, porém, é sentido da mesma forma. Por estar distante, tanto do lado de lá quanto de cá, não sei dizer muitas coisas bonitas ou momentos marcantes, apelando para memória alheia para recordar momentos juntos, mas sei a parcela de contribuição que cada um deu ao seu redor, ao seu mundo.

Do meu tio Fábio eu não lembro quase nada, exceto que ele nas poucas vezes que nos vimos sempre pareceu ser uma pessoa do bem, muito alegre. Amava capoeira, eu que fiz capoeira e era amante de artes marciais e dança nunca entrei numa roda com ele. Vai entender. Coisas que vida não dá oportunidade. Enfim, só descobri coisas boas dele através de relatos. Sei que ele foi um dos heróis sem nome na tragédia da Serra, que ajudou a resgatar milhares de vida, tanto escavando com a mão quando não havia equipamentos como indo e vindo de ambulância, a qual dirigia e acabou por ironia do destino batendo ao se encaminhar para mais um resgate. Não sei muitas coisas, mas sei que uma pessoa que sempre ajuda os outros e acabou falecendo em virtude de uma profissão que ajuda pessoas merece um descanso de paz. E descanse em paz, tio Fábio.

Quanto ao velho Saboia. É ... ele teve seus momentos. De grandeza, de estupidez, mas viveu bem sua vida. E de certa maneira apontou um caminho, uma direção para todos. Ele que tanto gostava da cerveja e do vinho, de uma boa ópera em qualquer hora do dia. De um bom livro e de uma enciclopédia. Pergunte para qualquer um quem é bom pacas com os nomes de país e terão resposta graças a ele, pelo menos para as pessoas aqui de casa. Não concordo com muitas coisas que não valem a pena serem escritas, mas no geral ele conseguiu, na minha infância, passar dignidade e respeito para cada um dos netos. E foi o patriarca dessa família. Dessa grande e confusa família. Agora é com a gente, os problemas que ele já não teve mais condição de responder. E deixa com a gente, que cada um a sua maneira vai vencer. E descanse em paz velho Saboia, o homem que conseguiu se manter deitado da forma que mais me lembro dele até na morte.

ADENDOS

- Penso em duas homenagens em forma de música, daquelas que sempre fazem refletir. A coisa encaixa de forma tão perfeita que mexe com a gente. Conforme meu confuso texto sem edição nenhuma deixou claro lá em cima, a música que tocou para a formação desse texto foi uma e apenas uma. Aquela que me faz pensar no sentido de todas as coisas – Ashtar Command – Into Dust; A outra não tem letra, mas é importante em vários momentos e vocês conhecem. Para o velho Saboia, dedico Bolero de Ravel;- Eu descobri que tenho mais leitores do que imaginava gente;

- De todas as horas para ser encurralado, definitivamente esta não era a melhor delas;

- Um objetivo, uma mudança. Outro objetivo, outra mudança;

- E a gente segue buscando ...;

- E muito obrigado para todo mundo. Para a ELITE, para os ‘Waltecos’, para quem é de hoje, para quem é de longe e para quem é da casa. Sem vocês a vida seria tão sem graça quanto o show do RHCP no Rock in Rio;

Fui que fui.


Still falling
Breathless and on again
Inside today
Beside me today
A round broken in two
'Til your eyes shed
Into dust
Like two strangers
Turning into dust
'Till my hand shook with the way I fear

I could possibly be fading
Or have something more to gain
I could feel myself growing colder
I could feel myself under your fate
Under your fate

It was you breathless and tall
I could feel my eyes turning into dust
And two strangers turning into dust
Turning into dust

domingo, 16 de outubro de 2011

Coisas que eu não sei

Olá galeguinhos, amigos companheiros de mesa de bar, esportes, atividades aleatórias e cachaçarias sem fim pelos bares do mundo. Hoje é domingo. O dia mais frio das minhas férias até o momento. Aquele dia em que nada acontece. Onde o edredom se torna o melhor amigo junto com a cama e uma boa xícara de café. Domingo, um bom dia para se curar uma ressaca, de bebida, amor, ódio ou outro sentimento. O dia em que tudo é mais devagar, como a determina a vontade de cada um de nós.

Mais uma vez venho lhes escrever neste blog após uma longa pausa sem motivo aparente, apenas porque me bateu uma vontade absurda de ficar teclando pensamentos aleatórios. Porque de certa forma tudo que pensamos pode servir para o próximo, seja através de um conselho subjetivo, ou de uma informação escancarada. No fim das contas, a intenção é que cada linha tenha um objetivo. Que cada desejo seja saciado e que cada promessa seja cumprida.

Eu sei, vocês sabem. No fim todos nós sabemos que entre todos os desejos está a confiança e o respeito, que muitas das vezes acabam sendo deixados de lado por interesse, falta de controle ou noção. É uma daquelas linhas bem tênues entre o certo e o errado, o querer e o poder. O seu querer é algo totalmente distinto do poder. O seu direito é figurado com base em que? Argumentos vazios, esperança de um pouco de paz ou apenas é movido por algo e depois se mede suas conseqüências? Acaba sendo um pouco de tudo no fim das contas. As contas que não batem no final. A dúvida que não saí da cabeça e o caminho que deve ser seguido.

O que fazer, para onde ir, que caminho tomar. Não sei e acho que ninguém saberia. Entre dúvidas e incertezas o melhor talvez seja ficar com que é certo e não rumar para um caminho repleto de dúvida. Mas quando a dúvida é um caminho de perspectivas tão boas, num atual momento de definições e novas certezas, tudo acaba ficando tão confuso, logo quando não se quer que haja confusão.

Talvez a vida de todos nós seja uma confusão. Aquelas pessoas com mil pensamentos, aquelas com um único e outros que estão em constante mudança. A chave talvez seja dosar um pouco das coisas. Não ser tão posse e ser mais falador e o contrário ser um pouco mais de posse. Aquele que pensa muito e pouco faz talvez precise apenas de um foco. No fim das contas, pelo pouco tempo que temos, o que se percebe é que a resposta está dentro de nós, em cada situação que vivemos e outras em que gostaríamos de viver.

ADENDOS

- No paradão sonoro de hoje rolou um cado de Kings Of Leon (Revelry), Coldplay (Lovers in Japan e Viollet Hill) e Mae (The Fisherman Song);

- Este foi o meu post de número 99 no parado. Prometo que tentarei produzir algo especial para o texto 100, embora não tenha a menor noção de quando isso será feito;

- Especialmente rock in rio: Metallica, Skank, Coldplay, Capital Inicial e Steve Wonder. Este é o meu top five dos shows que vi, pessoalmente ou através de vt;

- Não sei quanto ao resto do mundo, mas mesmo quando eu consigo me estressar em cinco minutos falando no telefone coisas que não deveriam ser ditas, só de estar aqui, perto de pessoas tão do bem, eu me sinto melhor, penso em fazer o melhor e ajudar quem puder. Andinho, minha família, meus amigos a todos vocês;

- Foi bom ter vindo, pego chuva, quase não ter entrado no mar, ter morrido de frio, ficado um pouco fora. Ter tido um pouco de tempo. Ter sentido tudo isso na pele. Na na na na na na na na na na ....

Mas nada foi melhor que cantar no carro ao som de Dibob ou ver a cara de Andinho ao descobrir um pouco de guitarras em Nickelback. Fico por aqui com a boa side of bullet.

How could you take his life away?
(What makes you think you have the right?)
How could you be so full of hate?
(To take away somebody´s life?)
And when I heard you let him die
And made the world all wonder why
I sat at home and on my own,
I cried alone and scratched your name
in the side of bullet

Fui que fui bolado.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tempo, tempo ...

Existe a necessidade bem humana de falar mais do que se deve. Em algum momento você também vai fazer isso. Isso não é nada errado, porém, pode trazer consequências das mais variadas. Existem momentos em que se deve ouvir mais, em que sua opinião não conta, em que promessas se tornam vazias e todo o esforço é em vão. Momentos que acordamos e refletimos o quão é essencial é estar com alguém, ou não, e não entra a palavra amor nessa parte da conversa.
O amor é diferente, ele engloba tudo e ao mesmo tempo é separado. Existem momentos em que a seriedade e o compromisso devem estar em primeiro lugar, outras em que seus desejos pessoais devem prevalecer. É complicado, mas ninguém nunca disse que seria fácil. Por vezes é melhor estar longe de tudo e deixar a vida levar. Em outras ocasiões você precisa voltar a dar rumo para a vida. Agora, qual o rumo? Para que lado seguir? Existe o desejo da singularidade e a pluraridade, a necessidade de renovação e o medo da mudança com a solidão de ambos. Não é fácil, mas ninguém disse que seria. Ser adulto é saber separar as coisas, seus desejos e seu amor, aliado ao compromisso. É ser um pouco frio quando o que mais se precisa é a promessa de um abraço caloroso, ser honesto e caminhar tranquilo com a certeza (e consequência) do que fez e principalmente das coisas que não fez. Que se abriu mão, para que lhe sirva de lição e relembrar os motivos por não ter feito, porque também valeu a pena por cada segundo.
Se as coisas ainda serão ótimas? O tempo diz, aquele tempo que muita vezes não é dado por conta do imediatismo que nós vivemos e nos forçamos a viver. Porque o ser humano tem a necessidade do 'pra ontem'. Muitas vezes se perguntarem para as pessoas o que elas querem, a resposta será um esquivo "não sei", mas, garantidamente, elas querem já. Muitas vezes não sabemos o que queremos, mas sabemos o que sentimos. Temos que focar objetivos e caminhar para ele, passos largos ou não. Seria ótimo buscar tudo junto tendo a certeza que vai dar certo, mas o imediatismo das coisas atrapalha o planejamento, afeta o cotidiano e destrói vidas.
Se as coisas estão ruindo ao seu lado, força nesse momento difícil. Se as coisas estão sendo feitas de aparência, força para você nesse momento. Se seus desejos são confusos com vontades e orgulho, força para você neste momento. Por vezes muito se fala e de fato muito pouco se faz. Então vale se manter calado e caminhar com mil desejos na cabeça ou falar demais e pouco concretizar com a esperança de que as coisas vão se resolver? Não sei a resposta. Não sei falar sobre isso e sobre tantas outras. O desejo, aquele que quase sempre nos move, a atravessar distâncias, iniciar aventuras e tentar a felicidade, instantânea ou não é o mesmo que faz você querer dar passos maiores que as próprias pernas. Desejo força para você neste momento, sabedoria para refletir sobre a vida e um pingo de bom senso para distinguir o que é real de fato ou que é apenas fantasia vazia.

ADENDOS

- No paradão sonoro de hoje rolou Incubus, One Republic e City and Colour;
- São em determinadas conversas que nós vemos como todos nós, seres humanos, somos vulneráveis;
- Saudade ... Até onde está a verdade nisso tudo;
- Tempo frio, plantão e gripe - sem mencionar as contas para pagar em cima da mesa. Nada animador;
- Não vou publicar nada aqui sobre pedras. Eu amo você.



quarta-feira, 20 de julho de 2011

A amizade

Olá galeguinhos, amigos de mesa de bar, parlamentares, assessores, jornalistas, e outros profissionais de ramos variados. Bom, como todos devem saber hoje é dia do amigo. Eu não farei um post gigante sobre qualquer assunto aleatório que encaixa com a situação que cada um passar no momento. Quero aproveitar a data para fazer uma homenagem das mais humildes a cada uma das pessoas que vem me acompanhando nessa estrada louca ao longos dos meus 23 anos.

Posso fazer uma ordem cronológica e desde já, me perdoem se esqueci alguém da minha lista, mas é que eu vivi coisas demais, em momentos diferentes demais e cada um de vocês teve uma parcela importante disso tudo.

Sem mais delongas e ... desculpe nossa falha:

Anderson Lemos - porque o berço foi o primeiro de muitas casas;

Bruno Goulart - porque as escolas e o tempo ensinam coisas diferentes;

André Rosa - porque eu sempre me senti responsável, de alguma forma;

Isabela Coelho - porque foi minha amiga, meu primeiro amor;

Nelson Hudson - porque eu aprendi a crescer;

Jeronimo Santos - porque aprendemos juntos;

Erik Coutinho, Will, Mascote, Ewerton Coutinho,Lulu Plácido, Wallace Simões, Felipe Figueiredo, Rafael Taylor, Rogério Gueroupa - porque tudo que sou hoje eu devo a vocês;

Marcel Tardin, Paola Azevedo e Thiagão Dantas e Caroline Azevedo - Porque eu mudei um pouco com cada um de vocês;

Isabela Sales e Fernanda Teixeira - porque eu consegui de alguma forma ser bom o suficiente uma época pra vocês e isso me deixa feliz em ser seu amigo;

Rafael de Souza - porque cada coisa tem seu tempo;

Leidson Santos - porque a paciência é uma arma importante;

Leonardo Barros, Lucas Figueiredo e companheiros de redação - porque eu aprendo com cada um de vocês e espero de alguma forma ensinar algo;

Luiz Felipe Mendes, Robson Marteleto, Xildão, Mosquitinho, Fabinho, Marcello - porque vocês são meu presente mais maravilhoso ...

e

Laís Herdy. Porque eu te amo, porque é minha mulher, minha melhor amiga, minha companheira, minha alma gêmea e meu juízo. Por ser tudo.


Eu amo cada um, cada qual sua maneira e sim, meu coração é grande para caralho.

Segue o paradão sonoro.

City and Colour, The Fray, Linkin Park e Miami Bros.

Sem adendos por hoje.


terça-feira, 1 de março de 2011

Sem entrar em méritos ...

Olá galeguinhos, amigos companheiros de mesa de bar, futebol, viagens, pensamentos, letras e outras formas de comunicação e diversão que podem ser descrita neste blog. Eu sumi. Sim, nobres companheiros, resumindo a história de maneira prática, perdi o hábito de escrever no meu blog. Pelo menos agora o seu nome faz jus ao que de fato representa. Enfim .... Como poderia começar a explicar as coisas? Pelo começo, acho que seria mais simples, uma ordem cronológica, sempre mais fácil de se por em prática, mas a vida nos preserva tantas coisas, que por vezes a linha do tempo não é seguida da forma como se deve.

Se formos resumir de maneira geral, acho que na vida de todos nós, aconteceram coisas boas e ruins. Aí, cada um dá a devida importância ao que julgar de mais destaque. Posso dizer que minha vida de hoje é melhor do que na última vez que atualizei o blog. Talvez para muitos seja assim. O tempo faz isso.

Alias, o tempo, como é um amigo maneiro. Neste tal tempo, comecei a escrever um livro, estou indo a passos largos rumo ao matrimônio, quase morando só e fechando ... parcerias. A alma está lavada, com quem importa perto, e quem importou para sempre no coração, cada qual em seu espaço e também suas metades.

De maneira geral, a gente sempre quer crescer e no futuro olhar para trás e ter uma linda história para contar. Não a moda dos bardos, cercada de heroísmo, mas com suas doses de vitórias a serem comemoradas em seu devido tempo, junto com as derrotas. Como dizia alguém que eu não lembro o nome no momento e que provavelmente está morto, aA vida é um começo, um meio e um fim. Todos sabem disso. Ninguém precisa escrever muito nem ser poético para entender isso. Mas às vezes, o que nós precisamos entender é quando uma coisa acaba. O começo do fim. Aí voltamos para a liberdade poética. Não entrando em méritos, a situação é mais ou menos simples, quase sempre é algo tão óbvio que chega a ser irritante depois que se olha por outro ângulo. Minha sugestão é essa. Olhe por outro ângulo. Tente entender o próximo. Fazer algo que nunca somos capazes de fazer.

Particularmente eu sou especialista nisso. Mais uma vez não vou entrar em méritos, porém, sei que meu defeito é muitas vezes não entender a posição do outro. Mas vai, é muito fácil também encontrarmos justificativas para todas as respostas e nós temos que achar que tudo é muito conivente com a realidade? Não sei. O erro é achar que sabemos de tudo. Por isso, às vezes, a dúvida é a única certeza que nós devemos ter. Não estou dizendo que por isso nós vamos ter que ouvir Fresco ou Restart, que por sinal, confesso ter ido no show no mês passado. Não é algo que me orgulhe, mas também não vou ficar entrando nesse mérito. Só observemos:

- O motivo importante de um, pode ser o nada para você;

- A mesma coisa vista de outro ângulo, só para sermos justos;

- São 2h da manhã, minha mulher não está aqui e eu não consigo dormir;

- Hoje eu perdi uma coisa importante. Minha calma;

- Lenine canta isso, eu até ouço a música, mas vai colocar isso na cabeça;

-A gente perde coisas importantes (?) ou não por motivos (esses sim) quase sempre idiotas. Perde, recupera, tenta recuperar, enfim. É um joguinho intrigante que a nossa vida faz. Não importa o que nós temos, sempre vamos querer mais, almejar mais. Ganância, algo útil, por vezes fútil, e quase sempre ... não encontrei outra palavra. Por favor, são 02h37 da manhã.

O fato é: A vida é um eterno perde e ganha. De onde menos se espera, vem a luz e o que iluminava um pouco sua vida as vezes é o motivo de uma noite mal dormida, ou de uma falta de dormida numa noite. O que está sendo escrito aqui soa irracional para todos os que estão 100% tranquilos de sua existência. Mas garanto que boa parte das pessoas vai ter um mínimo de identificação com essas palavras. Escritas as vezes motivas por ódio, outras de alegria e empolgação ou então por um misto de tudo, como é agora.

ADENDOS

- Meu ódio vem da falta de sono. Eu rolo na cama, tento dormir mas não consigo pregar o olho. Vou encarar filas homéricas amanhã no banco para pagar contas, mas ... dane-se. Minha alegria vem de saber que eu posso recomeçar. Independente do que venha a acontecer, eu, você ... qualquer ser humano, mesmo, até você, caro leitor, pode recomeçar e mais que isso ... perdoar;

- No paradão sonoro de hoje, rolou um muito de Mae com um pouquinho de, acredite se quiser, Maria Gadu e Travie Mcoy;

- E eu entro no coro das pessoas que por alguma vez se surpreenderam com as coisas que descobrimos depois de velho;

- Eu consolido meu texto depois de quase um ano pensando, nossa, como eu aprendi, como eu era tolo, ingênuo e bobo. Como continuo depois de todo esse tempo;

- Sabe, o pior defeito do homem é se achar mais sábio do que de fato é. Modéstia parte, este é meu defeito mais gostoso.

Não vou escrever, só cantar ....

I’m thinking now’s the time,

Maybe its time to go, if I gave you my heart, be gentle,
I’m tired of laying low, lets give the world a show
And when you know, you know,
And when you know, you know, you know
And when you know, you know, you know, you know
And that’s why I need time
I said I need you,
I need you to understand, you, you, you
I need you to understand
I need you
I need you, you, you


domingo, 5 de setembro de 2010

Mudança de temperamento

Olá galegos, amigos companheiros de mesa de bar e todo outro tipo de situação que não quero ficar descrevendo neste momento. Já não atualizado este mal lido blog tem meses e bem, não quero me estender muito no contexto da coisa.
Eu saí, eu voltei, rodei, quase terminei, quase morri e quase venci. Tudo nesse meio tempo, quase descrevi aqui tudo com riqueza de detalhes que só a minha memória seria capaz de guardar, mas decidi que um certo espaço privado é bem vindo, assim como todos, também tenho lá os meus segredos de estado.
Sabe, eu estou trabalhando em campanha eleitoral por certos deputados, tudo bem sem isonomia, de forma forçada, até porque dependo disso para viver e vi que, como a população é cega. Até pouco tempo eu era um obtuso eleitoral, assim como uma enorme fatia do nosso povão, mas ainda assim, me impressiona como as pessoas não enxergam um palmo a sua frente, tropeçam no membro caído do Xildo aos seus pés e pouco fazem para tentar mudar alguma coisa. Tal sensação de satisfação às vezes me tira do sério, porque essa parcela falsamente satisfeita, que sabe das coisas e não procura se mexer e mudar o rumo da coisa também é foda de aturar. Ninguém vai para a rua reclamar que está sendo roubado, que está a porra toda errada e nós continuamos manipulados. Então no meu jeitinho de ser, com o pouco que posso fazer, seja através de conversa na mesa de bar com meus amigos, nas ruas enquanto faço uma ou outra matéria ou através deste blog, orkut, msn twitter e qualquer outra rede social que meu cérebro seja capaz de dominar, eu peço, do fundo do coração e também do meu bolso. PENSEM EM QUEM VOCÊS VÃO VOTAR.
Não se satisfaça com o feijão que eles distribuem (eles fazem isso ainda?) nem com a farsa de ah, uma UPP, uma UPA, um asfalto. TEM GENTE MORRENDO, tem gente sem estudar, que vai para o tráfico e MORRE. Tem gente que não tem o que comer mas paga imposto de um papel higiênico que vai limpar a bunda. PENSEM realmente no que vocês precisam no seu bairro, rua ou esquina. Pensem no coletivo, na sua parte do todo e votem, não porque ele é apresentador de TV e fala coisas bonitas, não porque ele é irmão de alguém importante, não porque ela é sombra de alguém que fez algo ou porque ele diz ter mais experiência para governar. LEIAM SEUS PROJETOS, adequem à SUA NECESSIDADE e escolham, mas por favor, como eu já disse quinze mil vezes acima .... PENSEM.
Falando em pensamento coletivo, realidade das nossas vidas, coisa e tal ... Quem dita essa maldita modinha de que ser gayzinho (aquele meininho(A) de 13 anos que se acha muito adulto querendo pagar de sexo oposto para ser legal é interessante?) Namoral, eu sou bom de memória, tem amigo gay, trabalho com gays, ops Lucas te revelei, foi mal ... e não era assim no meu tempo e bem, ainda não mudamos de geração. Eu não quero carregar o fardo de estar incluso nessa geração muito alegre, muito colorida, muito oposta aos princípios éticos da coisa.
Quando era mais novo ouvia metal, batia cabeça, punheta e jogava super nintendo/playstation, além de jogar meu futebol na rua e roubar biscoito no mercado. Numa geração muito msn/orkut desde cedo, com muita coisa MERDA para se ver tanto na televisão quanto na rua, sou obrigado a concordar com meu caro amigo Leonardo Barros - não pretendo mais ter filho. Educar alguém é cada vez mais difícil, mais complexo e exige mais tempo, e isso é uma coisa cada vez menos essa vida maluca faz a gente ter.
Empregue seu tempo em estudar, trabalhar e se divertir. Sim, é impossível praticamente. Se você faz isso, como eu tentava até três meses atrás acaba ou gordo, ou magro, ou usando café demais (meu caso) ou se drogando (caso de pessoas que não citarei nomes). É uma missão impossível e como não somos o Unibanco ou Itaú 30 horas e precisamos dormir, nós resta o equilíbrio, que com muito álcool ou café, fica faltando.

É isso, obrigado, beijos e abraços.

ADENDOS

- NegritoNo paradão sonoro de hoje rolou Matt Wertz, Gavin Degraw e Radiohead;
- Nós somos jovens, bonitos, sensuais e ardentes, podemos mudar um pouco esse mundo;
- Parabéns para tantas pessoas que estão no dia a dia lutando, cantando e tentando;
- Desejo um caminho de paz, luz e sabedoria para todos que vivem mudanças constantes na vida;
- Eu não sou pai de família, amo crianças mas to aí, no caminho do casamento, tá vendo?
- Amizade é isso aí, nem sempre alguém vai ficar plenamente satisfeito. Nem sempre estaremos certos ou errados, mas tudo é uma questão de escolha, de capacidade de liberação e de confiança;

Dedico o texto de hoje a todas as pessoas que me cobraram para voltar a escrever - Laís, Fernanda, Robson, Thaís, Marcel e Thiago.

It's all about the way we recieve it
How much we believe it
Depending on the life you lead, if you lead it
Compare it to yourself
Compared to someone else, you care
And if you pick the threads in your closet, the cash in your wallet
The color of the skin in your blood, and how you got it
Compare it to yourself
Compared to someone else, you care

Gavin Degraw - Relative

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Atualizações da semana, do último mês ...

Olá galeguinhos, amigos companheiros de mesa de bar, profissão, futebol, praia e outras situações pitorescas que não me recordo no momento. Como estamos? Saúde mental, confere? Dinheiro no bolso, confere? Sagacidade, confere? Pois bem, torço para que em pelo menos um desses quesitos tudo esteja em ordem, se não ... bem vindo ao clube.
Poderia dizer que aconteceu algumas coisinhas nesse tempo sem atualizar o blog, mas se dissesse isso estaria mentindo. Muita coisa aconteceu nesse período. Mudanças, retornos, despedidas, aclamações, novas experiências, saciedade, enfim, um pacote tão grande de situações que nem vale descrever todas por aqui.
Entre as quais eu me permito falar um pouco é sobre a repentina mudança de vida que eu tive. De um dia sem esperanças de conseguir qualquer coisa, para, em menos de 24 horas, conseguir uma oportunidade que muitos afirmam eu ter deixado passar de forma errada. Entendam, não era o momento. Não me sentia tão capaz, preparado e ainda por cima, era a duas horas de distância da minha casa. Receber uma proposta que paga o mesmo salário, com carga horária menor, com mais uma porrada de benefícios mexeria com qualquer um, tenho certeza. (Isso porque eu não mencionei que o novo-velho trabalho é fica apenas 10 minutos longe da minha cama).
Me despedi de gente que conheci muito pouco, outras que criei um laço muito forte e tantas outras que eu sinto cada vez mais distante, que se ainda não me despedi, sei que a data está cada vez mais próxima. Acho que faz parte da natureza do homem. Se despedir e recomeçar. Só não entendo porque essa frequência é tão grande. Talvez não tenha que ser, mas eu não sei de muita coisa, só das coisas que faço, aprendo e observo. E eu aprendi a observar muito bem. Colocar isso em prática é uma questão um tanto quanto elaborada demais para o meu cérebro de jornalista recém contratado, mas aos poucos eu vou chegar lá.
Falando em profissão, acho que no meu próprio blog eu posso dar o relato do que vi nessas tragédias relacionadas a chuva, que devastaram a Região Metropolitana do Rio, em especial a cidade de Niterói, que já morei e hoje é meu celeiro diário de pautas, e casa improvisada até todo o circo for desarmado. Logo no meu primeiro dia de novo-velho trabalho (entendam, eu deixei o Gonça News, onde era estagiário, para tentar a sorte no Lance!. Duas semanas depois, eu voltei para o OSG), me deparei com um cenário de guerra.
Morro do 340, até então um local que eu nunca tinha ouvido falar. Localizado no Fonseca, meio no Caramujo, meio que em lugar nenhum, era uma comunidade, simples, de gente humilde, sem tráfico, até onde eu sei. Simplesmente era um local de pessoas humildes. O local que não resistiu as chuvas e matou dezenas de pessoas, soterradas em suas próprias casas, com a força da lama, movida pela água. O cenário não era muito diferente no Caramujo, onde diversos pontos tinham deslizado e outras tantas pessoas morreram pela mesma causa. Quando pensamos que o pior tinha passado, eis que uma surpresa negativa nos abate.
Eu estava na redação, batendo alguns quilos de matéria quando diversas ligações desesperadas começaram a pipocar dando conta de um grande deslizamento de terra no Morro do Bumba, no Cubango, também em Niterói. Pelo menos 60 casas soterradas e centenas de pessoas estavam debaixo da terra. Eu ouvi o desespero no telefone e no dia seguinte me deparei com uma cena que se me deixou assustado, a pessoa que estava ao meu lado ficou dez vezes mais. A cara da repórter que foi comigo fazer a cobertura era o tom do drama que iriamos ver, noticiar e conviver nesses próximos dias. E assim foi. Uma guerra para cada um. Para os sobreviventes, os feridos, os que tinham familiares soterrados, os que tinham que trabalhar nessa história, os que queriam somente ajudar e os que queriam resgatar qualquer coisa.
Nunca fui de me emocionar muito, de me abalar com as coisas ... mas dentro de mim eu via uma necessidade de contar a história como de fato era, tentando entender e sentir o que cada presente no Bumba sentia. Queria não deixar as pessoas com a angustia refletida na face, em cada corpo que era retirado dos escombros. Eu não tenho esse poder, não conseguiria isso nem se brincasse de Deus, mas a minha maneira, eu me envolvi com aquela tragédia na Estrada Viçoso Jardim, no Cubango, onde outra existia o Morro do Bumba, carinhosamente conhecido por seus moradores como Favelinha.

ADENDOS

Futebol Carioca - Parabéns para o Flamengo, virtual Tetracampeão Carioca do ano de 2010. Não vou entrar no mérito de que o Vasco foi roubado, de que houve pênalti, de que blablabla. O jogo foi um lixo, e ambos os times tinham chance de ganhar;
Música - Ouvindo Matt Wertz, Stereophonics e The Fray, mas com a cabeça em outubro, onde rumores dão conta da realização do Woodstock 2010, em Itu. As presenças de bandas como Green Day, Foo Fighters, Rage Agains the Machine e Linkin Park animam qualquer um que goste de música, ?
Final de semana - Antes de mais nada, um esclarecimento. Não postei nada direto sobre minha folga simplesmente porque não pretendia extrapolar todas as linhas do meu blog. Seguindo em frente, como poderia reclamar de estar com pessoas maravilhosas, curtir o show mais ou menos empolgante do Diogo Nogueira, o muitíssimo agradável do Paralamas do Sucesso e ainda jogando mimica. Não, vocês não vão achar 1% da minha felicidade ao ler esse texto, porque ... só quem estava lá iria entender o clima na casa;
Expectativas - Tem um pouco de tudo nesse sentimento. A gente esperou demais para conseguir realizar algo, se fazer importante, participar. É bom fazer parte e se sentir incluído.


A história do casal apaixonada continua com algumas semanas de atraso no paradão.

Após alguns dias, viagens e mais momentos românticos, o casal apaixonado segue com sua vida, cada um com seus afazeres, mas ainda ligados a uma meia promessa. Num fim de semana qualquer, os dois jovens estavam saindo da praia, cansados, mas ela ainda tinha um ideal. Pegar seu namorado de surpresa:

- Mour - dizia ela com a voz de mel. E agora?
Sem entender o assunto, o homem seguia com seu jeito de ser ... bem lerdo.
- Agora ... o que? Perguntou com sinceridade.
Pensando se tratar de uma bravata para ludibriar suas motivações ela partiu para a agressividade e o amarrou numa árvore próxima.
Vai casar comigo ou não? Sugestionou.
- Depois ... disso ? HAHAHAHAHA


P.S: Essa história é meio real, mas só meio.
P.S²: Wallace volta em Julho, aí uma boa notícia para juntar ao meu apunhado de coisas boas desse mês.