segunda-feira, 12 de abril de 2010

Atualizações da semana, do último mês ...

Olá galeguinhos, amigos companheiros de mesa de bar, profissão, futebol, praia e outras situações pitorescas que não me recordo no momento. Como estamos? Saúde mental, confere? Dinheiro no bolso, confere? Sagacidade, confere? Pois bem, torço para que em pelo menos um desses quesitos tudo esteja em ordem, se não ... bem vindo ao clube.
Poderia dizer que aconteceu algumas coisinhas nesse tempo sem atualizar o blog, mas se dissesse isso estaria mentindo. Muita coisa aconteceu nesse período. Mudanças, retornos, despedidas, aclamações, novas experiências, saciedade, enfim, um pacote tão grande de situações que nem vale descrever todas por aqui.
Entre as quais eu me permito falar um pouco é sobre a repentina mudança de vida que eu tive. De um dia sem esperanças de conseguir qualquer coisa, para, em menos de 24 horas, conseguir uma oportunidade que muitos afirmam eu ter deixado passar de forma errada. Entendam, não era o momento. Não me sentia tão capaz, preparado e ainda por cima, era a duas horas de distância da minha casa. Receber uma proposta que paga o mesmo salário, com carga horária menor, com mais uma porrada de benefícios mexeria com qualquer um, tenho certeza. (Isso porque eu não mencionei que o novo-velho trabalho é fica apenas 10 minutos longe da minha cama).
Me despedi de gente que conheci muito pouco, outras que criei um laço muito forte e tantas outras que eu sinto cada vez mais distante, que se ainda não me despedi, sei que a data está cada vez mais próxima. Acho que faz parte da natureza do homem. Se despedir e recomeçar. Só não entendo porque essa frequência é tão grande. Talvez não tenha que ser, mas eu não sei de muita coisa, só das coisas que faço, aprendo e observo. E eu aprendi a observar muito bem. Colocar isso em prática é uma questão um tanto quanto elaborada demais para o meu cérebro de jornalista recém contratado, mas aos poucos eu vou chegar lá.
Falando em profissão, acho que no meu próprio blog eu posso dar o relato do que vi nessas tragédias relacionadas a chuva, que devastaram a Região Metropolitana do Rio, em especial a cidade de Niterói, que já morei e hoje é meu celeiro diário de pautas, e casa improvisada até todo o circo for desarmado. Logo no meu primeiro dia de novo-velho trabalho (entendam, eu deixei o Gonça News, onde era estagiário, para tentar a sorte no Lance!. Duas semanas depois, eu voltei para o OSG), me deparei com um cenário de guerra.
Morro do 340, até então um local que eu nunca tinha ouvido falar. Localizado no Fonseca, meio no Caramujo, meio que em lugar nenhum, era uma comunidade, simples, de gente humilde, sem tráfico, até onde eu sei. Simplesmente era um local de pessoas humildes. O local que não resistiu as chuvas e matou dezenas de pessoas, soterradas em suas próprias casas, com a força da lama, movida pela água. O cenário não era muito diferente no Caramujo, onde diversos pontos tinham deslizado e outras tantas pessoas morreram pela mesma causa. Quando pensamos que o pior tinha passado, eis que uma surpresa negativa nos abate.
Eu estava na redação, batendo alguns quilos de matéria quando diversas ligações desesperadas começaram a pipocar dando conta de um grande deslizamento de terra no Morro do Bumba, no Cubango, também em Niterói. Pelo menos 60 casas soterradas e centenas de pessoas estavam debaixo da terra. Eu ouvi o desespero no telefone e no dia seguinte me deparei com uma cena que se me deixou assustado, a pessoa que estava ao meu lado ficou dez vezes mais. A cara da repórter que foi comigo fazer a cobertura era o tom do drama que iriamos ver, noticiar e conviver nesses próximos dias. E assim foi. Uma guerra para cada um. Para os sobreviventes, os feridos, os que tinham familiares soterrados, os que tinham que trabalhar nessa história, os que queriam somente ajudar e os que queriam resgatar qualquer coisa.
Nunca fui de me emocionar muito, de me abalar com as coisas ... mas dentro de mim eu via uma necessidade de contar a história como de fato era, tentando entender e sentir o que cada presente no Bumba sentia. Queria não deixar as pessoas com a angustia refletida na face, em cada corpo que era retirado dos escombros. Eu não tenho esse poder, não conseguiria isso nem se brincasse de Deus, mas a minha maneira, eu me envolvi com aquela tragédia na Estrada Viçoso Jardim, no Cubango, onde outra existia o Morro do Bumba, carinhosamente conhecido por seus moradores como Favelinha.

ADENDOS

Futebol Carioca - Parabéns para o Flamengo, virtual Tetracampeão Carioca do ano de 2010. Não vou entrar no mérito de que o Vasco foi roubado, de que houve pênalti, de que blablabla. O jogo foi um lixo, e ambos os times tinham chance de ganhar;
Música - Ouvindo Matt Wertz, Stereophonics e The Fray, mas com a cabeça em outubro, onde rumores dão conta da realização do Woodstock 2010, em Itu. As presenças de bandas como Green Day, Foo Fighters, Rage Agains the Machine e Linkin Park animam qualquer um que goste de música, ?
Final de semana - Antes de mais nada, um esclarecimento. Não postei nada direto sobre minha folga simplesmente porque não pretendia extrapolar todas as linhas do meu blog. Seguindo em frente, como poderia reclamar de estar com pessoas maravilhosas, curtir o show mais ou menos empolgante do Diogo Nogueira, o muitíssimo agradável do Paralamas do Sucesso e ainda jogando mimica. Não, vocês não vão achar 1% da minha felicidade ao ler esse texto, porque ... só quem estava lá iria entender o clima na casa;
Expectativas - Tem um pouco de tudo nesse sentimento. A gente esperou demais para conseguir realizar algo, se fazer importante, participar. É bom fazer parte e se sentir incluído.


A história do casal apaixonada continua com algumas semanas de atraso no paradão.

Após alguns dias, viagens e mais momentos românticos, o casal apaixonado segue com sua vida, cada um com seus afazeres, mas ainda ligados a uma meia promessa. Num fim de semana qualquer, os dois jovens estavam saindo da praia, cansados, mas ela ainda tinha um ideal. Pegar seu namorado de surpresa:

- Mour - dizia ela com a voz de mel. E agora?
Sem entender o assunto, o homem seguia com seu jeito de ser ... bem lerdo.
- Agora ... o que? Perguntou com sinceridade.
Pensando se tratar de uma bravata para ludibriar suas motivações ela partiu para a agressividade e o amarrou numa árvore próxima.
Vai casar comigo ou não? Sugestionou.
- Depois ... disso ? HAHAHAHAHA


P.S: Essa história é meio real, mas só meio.
P.S²: Wallace volta em Julho, aí uma boa notícia para juntar ao meu apunhado de coisas boas desse mês.